Greve dos caminhoneiros no dia 1º de fevereiro deve acontecer com categoria dividida.
Ao acompanhar grupos de WhatsApp dos motoristas, percebe-se que a greve não é consenso e que o presidente ainda tem muita força na categoria
Embora o presidente Jair Bolsonaro tenha pedido aos caminhoneiros que não entrem em greve no dia 1º de fevereiro, é quase certo que ocorrerão paralisações de obras diante do apoio de diversas entidades e sindicatos.
Mas ao trabalhar com o grupo de motoristas do WhatsApp, fica claro que as greves não são um consenso, e o presidente ainda tem muito poder nessa categoria.
Um motorista do Oeste da Bahia comentou: “Este é um sindicalista, um PT, e quer deixar os caminhoneiros participarem da luta”.
Outro defensor mais determinado do Bolsonaro de Itapira (SP) escreveu: “Chamar nosso presidente de vagabundo, e usar a nossa categoria para dizer que tudo é culpa dele.
Desculpe, pelos preços dos combustíveis e peças de caminhão., Sou a favor da paralisação dos trabalhos, mas culpe o presidente, não vou apoiá-los. Estou aqui para parar de apoiar greves. “
A Associação Nacional dos Transportes do Brasil (ANTB) também confirmou sua participação na greve.
Segundo o presidente da ANTB, José Roberto Stringascida, a política de preços dos combustíveis é um fator importante na prevenção dessa categoria.
“Os reajustes de preços (do combustível) precisam ser feitos pelo menos a cada seis meses. Stringascida disse que os reajustes semanais impossibilitam o trabalho dos caminhoneiros.
O protesto dos sindicatos ocorre na mesma semana em que a Petrobras anunciou mais um reajuste de 5% no preço da gasolina. Com isso, o combustível acumula alta de 13,4% em 2021. O diesel também será reajustado em 4,4%.
Ontem, o presidente pediu aos motoristas que adiem a greve e afirmou que o governo estuda alternativas para diminuir o PIS/Cofins e assim reduzir o preço do diesel, mas que a solução não é fácil.